PALESTRANTE: 

Flavine Meghy Metne Mendes
Pesquisadora de pós-doutorado no Instituto de Economia da UFRJ.

RESUMO: Na perspectiva atual de desenvolvimento econômico, as estataisvêm ocupando cada vez mais destaque na economia, no contexto da crescente urgência global dasmudanças climáticas. A literatura segue acompanhando esse movimento por meio do resgate histórico das estatais e expectativas para o futuro, envolvendo diferentesperspectivassobre o papel dessas companhias na economia e no desenvolvimento do país, considerando seus investimentos e constantes embates políticos em torno do papel do Estado naeconomia e na sociedade. Com o olhar voltado ao setor de energia, em decorrência da evolução e alinhamentos da pesquisa, a complexidade do desafio aenfrentar impõe orientaro foco do estudo na evolução dos investimentos da Petrobras e suas consequências nos planos empresarial, setorial e macroeconômico. Após criteriosa análise do materialselecionado, definiu-se como questão norteadora: Quais os principais desafios que se projetam no âmbito do cumprimento da missão da Petrobras e o potencial de contribuiçãodas estratégias de atuação às políticas públicas transformadoras, precipuamente no avanço econômico, social e ambiental do Brasil? Nestes moldes, a pesquisa busca identificar ascondições e requisitos de adequação do papel da Petrobras no apoio às políticas públicas transformadoras, tomando por base os últimos Planos Estratégicos e de Negócioselaborados pela empresa, examinando-se os principais desafios a partir dos seguintes fatores: i)Oportunidades na implementação de políticas de inovação, orientadas para amissão no Brasil; ii) Comprometimento regulatório e institucional às políticas públicas e metas mais amplas de crescimento econômico, tais como sua relação com estratégiasindustriais; iii) Grau de comprometimento da Petrobras nos planos de transição energética justa e visão de futuro para os investimentos, impulsionada pela inovação esustentabilidade. Do ponto de vista metodológico, foram utilizadas fontes secundárias a partir da bibliografia inicial da pesquisa, informações e materiais encontrados emdocumentos oficiais emitidos pela Petrobras, cotejando esses documentos com a bibliografia aplicada às políticas públicas transformadoras ao avanço econômico, social eambiental do Brasil, notadamente os ensaios de Mariana Mazzucato.

RESUMO: National Oil Companies (NOCs) remain central to the global energy landscape, accounting for over half of worldwide oil production and nearly 60% of reserves, yet they face mounting exposure to climate transition risks. This research develops a comprehensive analytical framework to quantify NOCs’ resilience and vulnerability in a decarbonizing world. Building on and updating the Value Creation Index for the period 2017–2023, and the newly constructed Diversification Index (DIV), the paper empirically assesses how geological, institutional, and macroeconomic factors shape NOCs’ capacity to create value and diversify beyond hydrocarbons. Using a two-way fixed-effects model applied to 14 NOCs across seven years, results show that state context and geology are the most significant determinants of both value creation and diversification, whereas government capture exerts non-significant influence, suggesting that ownership structure per se is less decisive than institutional quality and resource endowments. The analysis highlights a structural divergence between high-income, reform-oriented NOCs (Equinor, Oersted) and rent-dependent producers (Aramco, KazMunayGaz), reflecting uneven readiness for transition. On this basis, the study introduces a Transition Risk Index (TRI), integrating 37 proxies into six pillars – financial resilience, policy exposure, market adaptation, carbon and asset intensity, awareness and commitment, and reputation management – to provide a systematic measure of NOCs’ exposure to transition risks. TRI results reveal a polarized landscape: while only one NOC has divested from the O&G business, a few frontrunners are slowly experimenting new business opportunities, without scaling back O&G assets. Most NOCs from the panel, however, remain locked into carbon-intensive paths, constrained by fiscal dependence, weak institutional environments, and technological and skills lock-in. The paper concludes that future policy and investment frameworks must address these systemic constraints, aligning rent management and diversification incentives to mitigate transition risks with respect to each company's specific technical capabilities.

DATA: 10/11/2025
HORA: 16h40
SALA: 203