O trabalho em casa, remoto e o teletrabalho pós Covid-19: diferenciais por gênero
PALESTRANTE:
Dr.ª Danielle Carusi Machado
Professora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (Niterói).
RESUMO: Nos últimos anos, e principalmente no recente período pandêmico, intensificou-se o debate sobre novas organizações do trabalho, particularmente o trabalho em casa, o “home office”. No que tange a inserção feminina no mercado de trabalho, o trabalho mais flexível e dentro do domicílio sempre foi uma alternativa para compatibilizar tarefas domésticas e de cuidados, usualmente destinadas majoritariamente às mulheres. Ao contrário dos homens, a jornada de trabalho das mulheres não se restringe ao ambiente de mercado mas igualmente ao ambiente familiar e doméstico. Após a pandemia de Covid-19, este cenário não foi modificado e, em alguns casos até intensificado. O trabalho remoto, de necessidade, no período de distanciamento social, passou a ser adotado em várias situações. A depender do tipo de tarefa e do setor de atividade, determinadas ocupações são mais ou menos suscetíveis de serem desenvolvidas de forma remota ou no domicílio. Dingel e Neiman (2020) classificaram ocupações passíveis de serem desenvolvidas de forma remota para os Estados Unidos, já no Brasil, alguns autores, tais como Filho, Veloso e Peruchetti (2022), aplicaram parte da metodologia adaptada ao contexto do Brasil. Neste artigo, iremos classificar os trabalhadores segundo a probabilidade efetiva de estar trabalhando de forma remota, no domicílio ou exercendo teletrabalho com os dados da Pnad Contínua de 2022, controlando-se para diferenças setoriais e ocupacionais e características individuais. Com base nestas probabilidades, iremos investigar como o tipo do local de trabalho e sua forma afetam o diferencial de rendimento entre homens e mulheres na média e ao longo da distribuição de rendimentos.
DATA: 19/05/2025
HORA: 16h40
SALA: 203
INFORMAÇÕES GERAIS.
Os seminários ocorrerão às segundas-feiras na sala 203. A sala tem que ser liberada até 18:15, pois à noite ela é utilizada pelo curso noturno.
Os alunos de mestrado e doutorado em tempo integral têm que obter uma frequência mínima de 75% nos seminários e os demais uma frequência mínima de 50%.
Haverá lista de assinatura recolhida no evento presencial